sábado, 29 de setembro de 2007

Enfim começamos...

Domingo, ou melhor, madrugada de segunda-feira eu sentado na frente do computador tentando escrever algo sobre a Rede Globo, eis que ouço um grito que vem do quarto, é a Rita dizendo que a emissora vai ficar fora do ar por algumas horas. Assim, de um instante para o outro, sou tomado por uma sensação de volta no tempo.

Explico, segunda-feira 24 de setembro, era o meu aniversário e isso sempre causa um sentimento de volta ao passado. Neste momento ele (o sentimento), acaba de passar por mim, por que no meio dos anos noventa, era comum a Globo sair do ar para a manutenção dos transmissores, fazia isso sempre aos domingos, depois do programa Placar Eletrônico que era um resumo do esporte no fim de semana e vinha logo depois do Domingo Maior. Porém, há anos essa parada de transmissão não acontecia. Estou completando trinta e um anos e tenho a sensação que ainda tenho quinze. Mas o dia está apenas começando e depois de ler muito a respeito de Roberto Marinho, sua família e o começo de todo esse império, não sei como começar, mas de alguma forma tem que sair.

Quando Roberto Marinho tinha vinte e um anos seu pai, Irineu Marinho, sofre um ataque cardíaco e morre, deixando assim o embrião para o que anos mais tarde se transformaria em um dos maiores complexos de informação do mundo.

Vou falar um pouco de Irineu Marinho Coelho de Barros,¨O Grande¨, nasceu em Niterói, em 21 de agosto de 1876, e já tinha um talento para a comunicação. Ele montou ainda na escola pública, um jornal manuscrito, junto a seu amigo Otavio Kelly. Depois tornou-se revisor do Diário de Noticias, no Rio de Janeiro, passou por outros jornais em muitas funções até que, em 1911, funda o seu primeiro jornal, "A Noite", que tinha já para a época, uma forma mais moderna de tratar a informação, que os outros jornais acompanharam depois. Isso sem contar que também envolveu-se com o começo da aviação, do teatro e do cinema.

Em 1925 vendeu o jornal "A Noite", e fundou "O Globo" em 29 de julho, que é (como já comentei) o embrião dessa grande fábrica de sonhos, mas como toda historia de verdadeiros empreendedores, as dificuldades vêm para dar mais força às pessoas. Irineu morreu vitima de ataque cardíaco pouco tempo depois da fundação do jornal e a responsabilidade fica com a sua esposa, Francisca Pisani e os filhos Roberto, Heloisa, Ricardo, Hilda e Rogério. Todos tomam, então, a decisão de deixar o jornal sob os cuidados de Euricles de Matos que ficou no cargo até sua morte. Foi assim que Roberto Marinho assumiu o comando do jornal , mas este assunto fica para outra postagem.

Pensando bem, até que consegui escrever alguma coisa... E olha que o dia tava apenas começando.

Depois de me dar o luxo de não fazer nada o dia inteiro (nem pra a faculdade fui), terminei o meu dia comendo meu bolo de aniversário e assistindo o "Roda Viva", programa da TV Cultura que tinha como entrevistado o rapper Mano Brown. Agora estou começando realmente a ficar com medo, e isso deve ser o sinal do tempo, que escreve certo por linhas tortas.


Eita dia longo, não?!

Buenas noches, compañeros!

Eduardo Guerrero


2 comentários:

Liquidificador Psicodélico, Brisa Brasil, disse...

Cade o resto das postagens???






Guerrero

Márcio disse...

Foi longe em Guerrero...
Desenterrou o pai do cara.. rs