quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Dando porrada

Vídeo Show

Dentro da proposta de causar tumulto dentro desse blog, venho por meio desta escrever um pouco sobre o Vídeo Show.

Estava eu depois do almoço ¨ouvindo¨ a televisão quando subiu a trilha do programa, e ali estava minha próxima postagem.

A trilha é marcante, afinal o programa está no ar desde 1983 e por ele já passaram muitos apresentadores entre eles, Tássia Camargo (que foi a primeira apresentadora) e muitos outros como William Bonner, Galvão Bueno, Malu Mader, Marcelo Tas e Miguel Falabela (isso só para citar alguns).

O programa tem como formula mostrar os bastidores da televisão. Maravilha, afinal todos querem saber como funciona a arte de contar histórias. Mas é aí que eu chuto o balde: programas que falam dos bastidores da televisão tem aos montes. Em quase todas emissoras de tv tem um, sempre alimentados pelos restos do que a Vênus Platina deixa para trás.

Mas calma, também existem os que conseguem mostrar um pouco de todos os outros canais sem falar tanto da maior emissora do país: o Vitrine da TV Cultura é um ótimo exemplo disso.

Ainda ouvindo o Vídeo Show, percebi um detalhe bem interessante: para muita gente, o horário em que ele é apresentado é hora do almoço. Em uma grande metrópole como São Paulo, as pessoas comem fora de casa e, na maioria dos lugares onde se vai fazer a refeição, tem sempre uma tv ligada (que na maioria das vezes está sintonizada na Globo).

Pois bem. Mesmo sem tempo,o telespectador tem um resumo da programação do canal, que é feita em meia hora de programa. Ou não?

O conteúdo da revista eletrônica está recheado de matérias que falam de outros programas da emissora e, mesmo quem não consiga acompanhar programação do plim-plim diariamente, não perde nada: está tudo ali.

Digamos que é uma interrupção de quarenta e cinco minutos na programação para fazer propaganda dos programas da emissora, como se já não bastassem os programas das concorrentes que fazem isso para obterem audiência, eles também divulgam a si mesmos.

Não sei se sou eu, mas será que ninguém vê o que acontece?

Hoje não tem beijos nem abraços.

Eduardo Guerrero

3 comentários:

Márcio disse...

E qual seria exatamente o problema desta "auto-prpaganda"?

Eduardo Guerrero disse...

Não sei quem foi que comentou, mas lembro que foi bem no começo do curso de Rádio e TV, que quando se escreve ou fala em um meio de comunicação, o objetivo é convencer as outras pessoas que a opinião colocada ali pelo comunicador, é a mais importante.
Digamos que é um jogo de vaidade, onde é muito importante para quem se manifesta atravês da palavra escrita ou falada, fazer que os seus leitores compartilhem da sua mesma opinião.
É que estou fazendo, e não posso negar que essa vaidade é real, talvez seja ela que nos leve a escrever para o grupo de amigos que dividem o mesmo espaço dentro de uma pequena, mas, bem intencionada, estrutura de comunicação social ou para um professor maluco e genial que vive dando alfinetadas.
Um comunicador sem vaidade, não é um comunicador realizado, e essa realização vem através da capacidade de reunir em seu entorno pessoas que se identifiquem com suas idéias.
Com relação a autopropaganda, o que eu questiono é o fato que as pessoas não percebem que o programa Video Show, é mais um canal de divulgação dos programas que ocupam a grade da emissora, só isso.
A minha intenção aqui não é causar polêmicas sem fundamento, eu só quero que as pessoas parem de assimilar tudo sem ao menos questionar os porquês.

Anônimo disse...

E o que mudaria se as pessoas olhassem o Vídeo Show como você?
Eu acho interessante o programa, pois como você mesmo disse, quem não pode acompanhar a programação toda fica sabendo naqueles 45 minutos o que se passa na TV. E também o que se passa nos teatros e no país em relação à shows e peças de teatro no país.